SAI BABA
Anualmente, milhões de pessoas vão à Índia exclusivamente para verem, ouvirem e ficarem próximas deste Avatar que atualmente está encarnado entre nós. A maioria dessas pessoas considera uma dádiva poder simplesmente tocar as vestes de Sai Baba, ou a ele entregar uma carta ou bilhete contendo seus pedidos a ele, ou melhor ainda, presenciar a realização de um "milagre" dele. Quanto a conseguirem uma entrevista pessoal com ele, ah, isto seria a benção suprema. Em vários países, os devotos de Sai Baba reúnem-se periodicamente e mantêm instituições específicas para estudarem e difundirem os ensinamentos desse Avatar. Quem é ele? Por que ele é tão devotado por tantos?
AVATAR
Os espiritualistas sabem muito bem!
Avatar é uma criatura divina tal qual nós. Mas a significativa diferença é que nós ainda não fomos, mas ele já foi, merecidamente, promovido ao segundo nível evolutivo, o grau angélico, por ter conseguido obter as três conquistas necessárias e indispensáveis:
Primeira conquista - Libertar-se de todas as imperfeições humanas.
Segunda conquista - Desenvolver, nos níveis exigidos, a Razão e o Amor, que alegoricamente são as "duas asas do Anjo", segundo o Mestre Ramatis.
Terceira conquista - Quitar todos os seus débitos cármicos.
Os Avatares
São alunos da Escola da Vida que, anteriormente, graduaram-se num planeta primitivo, como a Terra, no qual cursaram o primeiro grau do seu curso evolutivo.
Como é evidente - Atualmente, eles não têm mais o que aprender nos planetas primitivos, e ao contrário de nós, estão dispensados de lá reencarnarem compulsoriamente.
Porém - Como inevitável conseqüência do amor ao próximo que neles é extremamente desenvolvido, os Avatares sempre pedem permissão para voltar a encarnar naqueles planetas primários, sempre com a altruísta missão de ajudar a evolução dos seus habitantes.
Sem nenhum exagero
Realmente, é uma preciosíssima raridade - e porque não dizer logo que é uma verdadeira benção divina - a encarnação de um Avatar num planeta como a Terra, pelo menos por dois motivos:
Primeiro motivo - Em planetas que estão no nível evolutivo semelhante ao nosso, raramente, muito raramente, se graduam Avatares.
Segundo motivo - Mesmo os Avatares oriundos de outros planetas muito mais evoluídos - os legítimos extraterrestres, por exemplo, Jesus - só têm permissão para aqui encarnarem em plena conformidade com o planejamento sideral para este planeta.
Aqui na Terra
Já encarnaram vários Avatares. Neste particular, Jesus foi, e ainda é, o maior deles, como afirma o Espiritismo e confirma o Mestre Ramatis.
Ao contrário do que parece
A identificação de um Avatar encarnado não é difícil de ser feita porque ele será sempre um ser humano completamente fora dos padrões vigentes:
a - Desde a mais tenra idade, ele não cometerá nenhum ato que prejudique qualquer ser vivo.
b - Nunca ninguém dele ouvirá uma inverdade.
c - Ele terá total desinteresse por lucros, vantagens pessoais, sucesso ou fama.
d - Nunca ele terá o menor sentimento de posse porque sempre dará o que for seu ao primeiro que pedir ou precisar.
e - Ele estará sempre disposto a ajudar, seja a quem for.
f - Ele não terá nenhum tipo de atividade sexual porque, há muito tempo, já sublimou o instinto sexual.
g - Se quiser, e principalmente se for do interesse da sua missão, com a maior facilidade ele poderá realizar fenômenos que a nossa ignorância humana considerará "milagres", devido aos elevados conhecimentos que possui, os quais incluem o completo domínio das forças da natureza.
h - A sua pregação religiosa nunca será sectária e nem destinada apenas a um só povo. Ele sempre exortará o amor ao próximo, a paz e a fraternidade universal, e sobretudo o amor à Deus.
i - Ele nunca fundará mais uma religião, embora evidentemente seus seguidores possam fazê-lo, e nunca defenderá um credo religioso exclusivo. Ele será, antes de tudo, ecumênico, universalista e eclético.
LIVRO "SAI BABA, O HOMEM DOS MILAGRES"
Editora Record - 4ª edição
Ganhei um exemplar desse livro
Quem me deu essa obra de presente, fez isto quase solenemente (para minha perplexidade) como quem passava às minhas mãos um precioso tesouro. Li as primeiras páginas. Não gostei. Folheei e li superficialmente o resto.
Minha imediata reação - Quase joguei aquele livro no lixo, de tão indignado que fiquei, porque o autor dizer que Sai Baba é um Avatar, era algo possível, porém raro, que deveria ser analisado com extrema prudência, mas afirmar que Sai Baba é "Deus encarnado" é estória da Carochinha porque Deus não encarna!
-- Avatar é a encarnação de um "ex" ser humano que foi promovido ao grau angélico!
Como se tudo isso não bastasse - A maior parte do livro só faz relatar os "milagres" de Sai Baba.
-- Ora bolas, um Avatar não encarna para fazer espetáculos circenses!
Dias depois Calmamente, refleti sobre aquele acontecimento, e o bom senso, fazendo-me reconhecer que eu agira precipitadamente, perguntou-me serenamente:
-- Como eu me atrevera a julgar aquele livro se não o tinha estudado atentamente?
Em seguida - Mesmo com aquela sensação interior de quem sabe que vai perder tempo, estudei detidamente aquele livro, apenas para ficar em paz com a minha consciência. Resultado, fui obrigado a mudar de idéia! Sai Baba ser "Deus encarnado", é afirmação do autor daquele livro, de acordo com a crença religiosa dos indianos:
-- Eles acreditam que um Avatar é realmente Deus encarnado.
Como confirmação - As próprias palavras de Sai Baba, no final do livro, desmentem tal crença infantil.
-- A propósito, aqui no ocidente existem várias dessas crenças religiosas infantis: Virgindade de Maria (como se fosse pecado não ser virgem), celibato obrigatório para ministros religiosos (como se sexo fosse pecado), dogmas, mistérios divinos, céu, inferno, etc.
Quanto ao "milagres"
Realmente, eles são muito destacados, mas compreendo que se trata de coerência do autor com o que ele se propõe, como indica o título daquele livro.
-- Mas o próprio Sai Baba afirma que os seus "milagres" são apenas os seus "cartões de visita", também destinados a cimentar a Fé em Deus nos seus devotos.
Por outro lado - Está claro que, com seus "milagres", Sai Baba não procura publicidade para si. Por exemplo, há dezenas de anos ele atua na Índia e somente há poucos anos nós, ocidentais, tomamos conhecimento dele, mesmo assim graças ao livro em questão, de autoria do australiano Howard Murphet. Indubitavelmente Impressiona a qualquer um os "milagres" de Sai Baba, para os quais o autor fornece nomes, locais e datas, que tornam possíveis as respectivas comprovações.No entanto naquele livro, o que me tocou mais fundo foram as transcrições das palavras de Sai Baba, sempre pregando o ecumenismo religioso - e ao mesmo tempo o respeito a todas as religiões - a paz universal, a fraternidade, o amor ao próximo e principalmente o amor à Deus.
Minha conclusão!
O teor da pregação de Sai Baba, aliado aos seus "milagres" e ao seu comportamento ao longo desta vida física, denunciam a sua condição de Avatar.
AVATAR ENCARNADO
Como sabemos muito bem na história deste nosso planeta primitivo, a presença de um Avatar é fato raro, raríssimo! Maior raridade ainda, e também um privilégio e uma benção para nós, terráqueos, é um Avatar estar atualmente encarnado entre nós.
Sai Baba é um Avatar atualmente encarnado na Terra, cheio de amor, sabedoria e poderes, à disposição de todos.
DIVALDO FRANCO
Há alguns anos ele acabara de voltar da Índia. Numa palestra que fez aqui em Salvador, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em detalhes narrou a recente visita que fizera a Sai Baba, quando não teve a menor cerimônia e nem economizou elogios ao externar a sua profunda admiração por Sai Baba, de quem "falou maravilhas".
Surpresa geral! - Divaldo Pereira Franco, com a honestidade e a coragem moral que lhe são peculiares - aliás, o seu sobrenome "Franco" realmente indica uma das inúmeras qualidades do seu elevado caráter - naquela palestra assistida por centenas de pessoas, narrou os dois seguintes episódios com ele e Sai Baba, o segundo episódio ocorrido há poucos dias, na Índia, e o primeiro um pouco antes, durante as muitas palestras internacionais que acabara de realizar:
O primeiro episódio
Durante aquela maratona de palestras, Divaldo ouvira repetidas e insistentes menções ao nome de Sai Baba, feitas por vários devotos e admiradores desse Avatar, em diferentes países onde ele fizera palestras. Até alguns frasquinhos contendo "vibhuti" e fotos de Sai Baba, ele recebera de presente.
Àquela altura - A sua mente, treinada para enfrentar o "desconhecido" e também para não menosprezar sucessivas e insistentes "coincidências", já o deixava atento, alerta e até curioso para saber quem era esse tal de Sai Baba, que tantos insistiam em lhe dizer que era um Avatar que realizava milagres.
Já era madrugada - Ele estava sozinho, num quarto de hotel em um país muito distante tanto do Brasil quanto da Índia. Ele estava muito cansado, devido às sucessivas palestras e viagens internacionais que estava fazendo. Ele estava quase dormindo.
Subitamente! - Ele foi traumática e violentamente despertado porque teve um forte ataque de angina! Sentindo profunda e aguda dor no seu peito, instintivamente ele segurou uma daquelas fotos que recebera e gritou:
-- Sai Baba! Me ajude pelo amor de Deus!
Imediatamente! - Sai Baba se materializou em sua frente e o atendeu, na maior naturalidade, como se fosse um médico qualquer que estivesse fazendo um atendimento domiciliar a um paciente!
O segundo episódio
Após esse fantástico (só fantástico?) acontecimento, tão rápido quanto possível, Divaldo foi visitar Sai Baba, na Índia, para poder lhe agradecer e também o conhecer pessoalmente, dessa vez em situação "normal".
Assim que os dois se encontraram - Imediatamente, Sai Baba sorriu para Divaldo, e lhe disse logo:
-- Que bom, meu filho! Este, já é o nosso segundo encontro!
Posteriormente para aumento da minha satisfação, tive o privilégio de assistir uma fita de vídeo, gravada por Divaldo, onde ele narrou e mostrou detalhes daquela sua visita a Sai Baba.
Parabéns Divaldo! Se antes eu já lhe admirava muito, imagine depois daqueles seus extremamente corajosos depoimentos sobre Sai Baba.
Hosanas ao Espiritismo! Por intermédio de um dos seus líderes mais ilustres, capacitado e querido, reconheceu e confirmou a grande evolução espiritual de Sai Baba.
Francisco de Carvalho
www.portaluz.com.br
Jornal Oxigênio
"O Espírito de Dante indicou o local
Como foi recuperada parte do manuscrito de A Divina Comedia. Quando, em 1321, Dante Alighieri morreu, não foi possível encontrar partes do manuscrito de sua obra-prima, A Divina Comédia. Durante meses os seus filhos Jacopo e Piero, revistaram a casa e todos os papeis do pai. Tinham desistido da busca quando Jacopo sonhou que vira o seu pai vestido de branco e inundado de uma luz etérea. Perguntou à visão se o poema fora completado. Dante acenou afirmativamente e mostrou a Jacopo um local secreto no seu antigo quarto. Tendo como testemunha um advogado amigo de Dante, Jacopo dirigiu-se ao local indicado no sonho. Por detrás de um cortinado fixado na parede encontraram um postigo. No interior do esconderijo havia alguns papeis cobertos de bolor. Retiraram-los cuidadosamente, e os limparam com uma escova e coseguiram ler as palavras de Dante. Assim completou "A Divina Comédia". Se não fosse uma visão surgida num sonho, um dos maiores poemas do Mundo teria provalmente permanecido incompleto".(Fonte - Seleções de Readers Digest)
Humildade
Concluíra Élfego Nazário Gomes – o nobre irmão Fêgo, como era conhecido em todo o Sergipe os estudos evangélicos na humilde choupana transformada em Centro Espírita e se dispunha a atender os inúmeros sofredores que lhe vinham buscar os abençoados recursos do passe e da palavra iluminada, quando estacionou à porta luzido automóvel; último modelo e de preço elevado. Dele saltaram duas senhoras e um cavalheiro visivelmente perturbado. Após informar-se quem seria o Irmão Fêgo, a dama representativa da sociedade de largos recursos financeiros aproximou-se do trabalhador espírita, e indagou, algo conturbada.
Mas, é o senhor, o Irmão Fêgo? Que pena! É apenas um negro!
Havia no desabafo azedume e desprezo.
O apóstolo do Cristo, Humilde, percebendo que a senhora também se encontrava em desconforto moral e possivelmente anatematizada por Espíritos desditosos, sorriu, sereno e retrucou:
- Não sou totalmente negro, minha irmã. Tenho os dentes muito alvos... Mas o que importa aqui não é a cor da pele e sim da aura ... Traga o doente para o socorro do passe e venha a senhora também... Surpreendida pela franca lição de amor e humildade, a visitante apresentou o esposo obsidiado que após o concurso da caridade, logo demonstrou melhoras e ela mesma assistida pela palavra simples e luminosa do trabalhador, afastou-se renovando os conceitos até então esposados, tornando-se espírita mais tarde e fazendo-se devota amiga do Seareiro da Luz. (Panoramas da Vida – Divaldo P. Franco – pelo Espírito Ignotus – Livraria Espírita Alvorada)
Fátima Farias
Um segredo guardado há pelo menos 104 anos pela Igreja Católica acaba de ser desvendado: os espíritos se comunicam também no seio da própria Igreja. Quem afirma é o pesquisador de fenômenos paranormais baiano Clóvis Nunes. Ele conseguiu filmar e fotografar o Museu das Almas do Purgatório, em Roma, e revelou que ali estão registrados, silenciosamente, fatos incontestáveis que legitimam a comunicação de espíritos.
Tudo começou com um incêndio misterioso na inauguração de um altar, em 1897. Os fiéis, ao apagarem o fogo, perceberam do surgimento das chamas um rosto desenhado pelos resíduos da fumaça que se encontravam no mármore. Conforme Clóvis apurou, o curioso é que não havia nada de combustível no local. Concluíram, juntamente com o padre Victory Juet, que a materialização daquele rosto, cujos resíduos estão intactos até hoje, se tratava de um fenômeno paranormal insólito.
Com o tempo, o acervo neste sentido foi se ampliando, com peças vindas de outras igrejas. O parapsicólogo afirma que as relíquias são imagens surpreendentes que revelam que as comunicações espirituais na Igreja são evidentes e acontecem em muitas épocas. Em entrevista exclusiva, ele nos relata detalhes de sua ousadia, em driblar a segurança e trazer os segredos à tona. Cita casos de diversos padres que não só admitem a comunicabilidade com os espíritos, como também escreveram livros e fazem conferências sobre o assunto.
Culmina com o registro do próprio papa João Paulo II, quando afirmou, literalmente, num dia de finados, na Praça de São Pedro, em Roma, para mais de 20 mil pessoas: “O diálogo com os mortos não deve ser interrompido porque, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo”.
Diante disso, conclui Clóvis: “Essa frase legitima, de uma forma muito clara, a posição do papa, com relação ao diálogo com os mortos, e a atual posição da igreja que ao longo do tempo vem sofrendo modificações”.
O Museu das Almas do Purgatório foi criado pela Igreja no começo do século passado pelo padre Victory Juet, que pertencia à Ordem do Sagrado Coração de Jesus, fundada em 1854 pelo padre Chevalier, com a finalidade de proferir missa e orações em sufrágio das almas em sofrimento. Esta organização se desenvolveu em Roma a partir do trabalho de Juet que se transformou numa das maiores personalidades de sua época. Foi procurador de Roma, amigo pessoal e de extrema confiança do Papa Pio X.
Em 15 de novembro de 1897, quando se havia adornado o altar para uma festa, em comemoração às conquistas para construção do grande santuário, que é hoje a igreja, aconteceu o incêndio misterioso. Victory Juet e os fiéis deduziram que seriam almas do purgatório pedindo preces para aliviar seus sofrimentos no Além, uma vez que a igreja estava sendo construída para isso, além de uma demonstração real de que a Igreja seria necessária. A partir daí, o padre, impressionado, comunicou ao papa e às autoridades eclesiásticas, empreendeu muitas viagens pelos países europeus, buscando testemunhos, provas e sempre investigando para inserir outras comunicações semelhantes.
Depois de algum tempo e de uma grande quantidade de material selecionado ele fundou o primeiro Museu Cristão de Além Túmulo, com autorização do papa, para legitimar todas as peças que registram aparições de comunicação espírita entre padres e freiras. “Hoje o museu tem a quantidade de peças resumidas, mas é o registro dessas aparições durante muitos anos em diversas igrejas e diversas partes do mundo”, destaca Clóvis.
Segundo ele, a igreja admite, através do museu, a comunicação entre os vivos e os mortos. “Ali está uma testemunha autêntica da imortalidade, da comunicabilidade com os espíritos, muito embora 90% ou mais dos padres desconheçam este museu, pois foi instituído por uma Ordem e somente os padres que estão ligados a ela, o Sagrado Coração de Jesus, sabe da sua existência. Mas se o papa Pio X autorizou sua criação e se o fenômeno aconteceu ali é porque desde aquela época a Igreja admite a comunicação com os mortos. Não explicitamente para o público, mas entre as autoridades eclesiásticas, acreditamos que isso é um fato de algum tempo. Portanto, mais de 100 anos que estas peças registram silenciosamente fatos incontestáveis de que os espíritos se comunicam dentro do seio da Igreja Católica”, analisa.
De acordo com o parapsicólogo, algumas das comunicações destes padres eram o mal uso, por exemplo, das ofertas da missa e depois com a consciência culpada vinham dizer onde estava este dinheiro guardado. Outras foram de freiras que vinham dizer às irmãs que a vida continuava depois da morte. Também uma grande parte de casos de espíritos em sofrimento que voltavam pedindo para celebrar missa para alívio das dores e das perturbações da alma.
Como a Igreja Católica tem a leitura do Além em três níveis de realidades, explica Clóvis: os bons vão para o Céu; os maus vão para o Inferno e os que não são totalmente nem bons nem totalmente maus ficam temporariamente no Purgatório, como a maioria das comunicações vieram solicitando preces, a Igreja atribuiu este nome de Museu das Almas do Purgatório, após a morte do padre Victory Juet, porque o nome original era Museu Cristão de Além Túmulo.
No começo do século passado, o padre Victory Juet abriu o museu para o público no mesmo período que a igreja foi aberta ao culto, em 1917. A partir de então, o museu passou a despertar muita curiosidade, interpretações precipitadas e equivocadas e a Igreja resolveu então reservar estas informações porque a maioria das interpretações que se dava ao Museu das Almas do Purgatório era relacionada com o satanismo. Os leigos interpretavam as comunicações como algo demoníaco. Isso perturbou não só a fé dos fiéis como também contribuiu para uma má informação do pensamento da doutrina cristã da Igreja. Daí a igreja não liberar mais a visitação, para preservar a contextualização religiosa.
Clóvis Nunes afirma que muitos testemunhos, por parte das autoridades eclesiásticas, admitem a possibilidade de comunicação dos espíritos. O depoimento mais marcante é do próprio Papa João Paulo II. Foi relatado recentemente pelo padre Gino Concetti, diretor do Observatório Romano, ao publicar uma série de informações praticamente oficiais por parte do Vaticano, que legitima o intercâmbio entre vivos e mortos, desde que esteja vinculado a uma ética adequada de uma postura positiva, dentro da construção de valores espirituais para com os interesses da religião.
Nesta declaração do padre Gino Concetti, prossegue Clóvis, consta uma abordagem muito profunda do Papa João Paulo II, que disse, literalmente, uma frase muito expressiva proferida Dia de Finados, 2 de novembro de 1983, num dos seus pronunciamentos públicos em Roma, na Praça de São Pedro: “O diálogo com os mortos não deve ser interrompido porque, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo”.
De acordo com Clóvis, são palavras que legitimam, de uma forma muito clara, as posições do papa e a atual da igreja, com relação ao diálogo com os mortos, que ao longo do tempo vem sofrendo modificações.
Mas conforme o pesquisador de fenômenos paranormais, isso são apenas os casos mais recentes, porque desde o período da transcomunicação (comunicação com os espíritos através de meios eletrônicos) que a Igreja tem se inclinado a uma posição favorável na comunicação com o Além. O Papa Pio XII foi informado destes contatos.
Atualmente são muitos padres envolvidos. O padre suíço Léo Schmid publicou o livro Quando os Mortos Falam, resumindo cerca de 12 mil comunicações de espíritos por vozes paranormais, registradas em gravador por k-7.
Também o padre karl Pfleger foi liberado de suas obrigações tradicionais da Igreja para pesquisar o assunto e resultou em opiniões claras e definidas de que a comunicação era uma realidade. Na França, o padre François Brune escreveu o livro Os Mortos nos Falam, traduzido em 11 idiomas e vendido em livrarias católicas. Em parceria com um pesquisador da Universidade de Sourbone, escreveu o livro Linha Direta com o Além. Na Bélgica, Jean Martan escreveu o livro Milhares de Sinais, que resume evidências de comunicação e faz conferências legitimando estas possibilidades. E por aí vai.
E a comunicação entre vivos e mortos será que existe? O padre Gino Concetti, de viva voz, respondeu à reportagem do Fantástico: “Eu acredito que sim. Eu acredito e me baseio num fundamento teológico que é o seguinte: todos nós formamos em Cristo um corpo místico, do qual Cristo é o soberano. De Cristo emanam muitas graças, muitos dons, e se somos todos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão, existe também comunicação” Padre Gino Concetti foi mais além, ao afirmar que “o espiritismo existe, há sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Mas não é do modo fácil como as pessoas acreditam. Nós não podemos chamar o espírito de Michelangelo, ou de Rafael. Mas como existem provas na Sagrada Escritura, não se pode negar que exista esta possibilidade de comunicação”.
Concetti recebeu ainda eco ou reforço do teólogo Sandro Register: “A Igreja acredita que seja possível uma comunicação entre este mundo e o outro mundo. A Igreja já tem convicção de que esta comunicação existe. A Igreja se sente peregrina, porque vive na terra e possui uma pátria no céu”.
Ao admitir a possibilidade do diálogo espiritual, padre Concetti faz questão de ressaltar que este ato não será pecado desde que sob a inspiração da fé e que se evite a prática de idolatria, a necromancia, a superstição e o esoterismo. Justifica que não se pode brincar com as “almas dos trespassados” e nem evocá-las por motivos fúteis, para obter por exemplo número de loterias Isso tudo de acordo com entrevista publicada no Jornal Ansa, em Itália – novembro de 1996.
O parapsicólogo Clóvis Nunes observa que o Museu das Almas representa para os cristãos a certeza da fé no Além, e analisa: “O mistério do Cristianismo nasceu desta comunicação com o Além. Desde o nascimento de Cristo, anunciado por um espírito, até mesmo a sustentação do Cristianismo, porque este só se tornou sustentável quando Jesus ressurgiu dos mortos, no terceiro dia. A partir daí, o Cristianismo se legitimou e outros fenômenos incríveis da história foram legitimados pela comunicação entre vivos e mortos”.
“Outro aspecto importante, prossegue o pesquisador, foi a conversão de Paulo de Tarso, na estrada de Damasco, quando se deparou com o espírito de Jesus, que perguntou-lhe: ‘Paulo, Paulo, por que me persegues?’ Ele caiu cego do cavalo. O Cristo já havia morrido quando este contato aconteceu. Então, o mistério do Cristianismo é o ressurgimento de Jesus do Além e a convicção dos cristãos, dos discípulos, dos apóstolos somente foram construídos depois da certeza inabalável que Jesus vivia após a morte. Isso foi a redenção do Cristianismo, que começa depois da cruz”.
A relação disso tudo com o museu, para Clóvis, é que ele faz a ponte, porque durante todos estes séculos houve um grande muro de silêncio entre vivos e mortos por parte da Igreja e que acaba de ser derrubado, demonstrando que a imortalidade da alma é a continuidade da vida e que este silêncio que as religiões cristãs fizeram, mesmo falando de eternidade, nunca criaram as condições possíveis para o diálogo com esta eternidade. “O museu mostra que o diálogo pode ter sido evitado, mas foi natural. Agora com a revelação daquele local, acredito que muitos cristãos vão pensar um pouco mais”, prevê.
Através de Clóvis, o programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou, pela primeira vez no Mundo, por cerca de quinze minutos, as imagens que nunca foram reveladas por outra televisão. São imagens surpreendentes que revelam que as comunicações espirituais no seio da Igreja Católica são evidentes e acontecem em muitas épocas. As peças são do século passado e de épocas mais recentes. A comunicação com os espíritos passam a ser realidade pública e a Igreja mesmo sabendo dessas informações reservam estes contatos.
“Acredito que devem ter havido muito mais comunicações. Só o padre Victory obteve mais de 240 peças. Então o programa mostrou as imagens junto com os casos, encenando com atores e simulando o que seria na época, com os efeitos da TV, no intuito de retratar estas aparições. A maioria das imagens do museu é original. Há resíduos reais das peças, inclusive a do incêndio ainda está lá, escondida por três pequenas portas de madeira e pintado uma madona com dois anjos, mas conseguimos filmar”, detalha Clóvis.
Ele acrescenta que “algumas delas são fotografias de peças que já se perderam, mas o museu é cheio de originalidade e autenticidade. As peças são registros insólitos de fatos paranormais, exclusivos, maravilhosos e extraordinários. Enfim, o museu é a concentração de evidências indiscutíveis de que a morte não nos mata, a vida continua e podemos nos comunicar com aqueles que se foram na frente”.
Clóvis Nunes é consultor da Rede Globo de Televisão para assuntos paranormais. Foi ele quem enfrentou o padre Quevedo no quadro dominical “O Caçador de Enigmas”, no Fantástico.
Clóvis Nunes teve acesso às informações através de dois grandes amigos. Um pesquisador muito importante do mundo da ciência paranormal, que é o parapsicólogo mineiro Henrique Rodrigues, que lhe falou a primeira vez sobre o museu. Posteriormente leu alguma coisa na literatura de parapsicologia e mais tarde um grande amigo, um padre da Ordem de São Sulplício, escritor que vivia em Paris e uma autoridade no mundo das pesquisas, o padre François Brune lhe certificou que o museu existia. De passagem à Itália, há uns seis anos atrás visitou o museu de uma forma muito rápida, os padres não explicaram detalhes, mas ele insistiu e arremata os resultados.
“Foi tudo de forma passageira sem dar muita importância, mas nós que fazemos pesquisas sobre paranormalidade vimos naquele museu que se ocultava um tesouro de formações maravilhosas de comunicações com o Além e a certeza da eternidade. Vim com o projeto de voltar ali para registrar e documentar as suas peças e somente agora isso foi possível”.
“O diálogo com os mortos não deve ser interrompido porque, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo”.
Papa João Paulo II
“O pronunciamento do papa legitima, de uma forma muito clara, a atual posição da igreja, com relação ao diálogo com os mortos, que ao longo do tempo vem sofrendo modificações”
Clóvis Nunes
“O espiritismo existe, há sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Não se pode negar que exista esta possibilidade de comunicação”.
Gino Concetti
“A Igreja acredita que seja possível uma comunicação entre este mundo e o outro mundo. A Igreja se sente peregrina, porque vive na terra e possui uma pátria no céu”.
Sandro Register
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