A comunicação com espíritos desencarnados através de médiuns é hoje uma realidade incontestável e é amplamente comprovada, entretanto vem crescendo muito, principalmente no Brasil, a pesquisa sobre a Transcomunicação Instrumental (TCI), mas o que vem a ser isto?
A TCI é a denominação da comunicação com espíritos através do uso aparelhos eletrônicos. Embora possua um ar de vanguarda, este método não é conseqüência da moderna tecnologia e é mais antigo do que se pode supor a princípio. Já em 1927 o famoso inventor americano Thomas Edison, declarou estar pesquisando um aparelho que lhe permitisse estabelecer contato com os mortos. Apesar dos seus esforços ele não obteve sucesso e apenas em 1959 foram obtidos os primeiros sucessos neste campo, quando Friedrich Jungerson gravou acidentalmente as primeiras vozes de espíritos enquanto tentava gravar gorjeios de pássaros em Molbno, Suécia. Após a publicação dos trabalhos de Jungerson muitos outros pesquisadores e curiosos passaram a investigar o fenômeno, tendo, o professor Kostantin Raudive conseguido obter mais de 72.000 frases de espíritos gravadas por meios eletrônicos.
Estas pesquisas continuaram evoluindo e em 1978 o americano George Meek conseguiu através do seu invento Spiricom, aparelho que permitia o estabelecimento de diálogo com os espíritos, conversar com um espírito identificado como Dr. Muler. Na década de 80 muitos outros casos de sucesso foram verificados principalmente na Europa.
No Brasil a TCI passou a ser estudada seriamente no final da década de 80, quando a pesquisadora Sônia Rinaldi iniciou um trabalho (dentro do IBPP - Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, até hoje coordenado pelo Engenheiro Hernani Guimarães Andrade), que hoje é reconhecido internacionalmente. Ela começou com um gravador comum e um rádio de ondas curtas mal sintonizado de onde recebeu as primeiras mensagens. A partir das primeiras evidências foram se somando outros depoimentos de pessoas que haviam “perdido” entes queridos e receberam destes mensagens através do uso até de telefones celulares. É importante ressaltar a seriedade deste estudo e que várias destas comunicações foram submetidas a exames técnicos para terem sua autenticidade comprovada.
Este fenômeno cresceu tanto que em junho de 2000 a revista Isto É colocou uma matéria de capa falando sobre o assunto e relatando os depoimentos, avanços e estudos sobre a TCI, entre outras coisas fica claro que, se por um lado ainda não é possível uma comprovação absoluta da validade deste tipo de comunicação, por outro também não é possível ignorar este fenômeno nem descartá-lo completamente.
Apesar do caráter de coisa fantástica, a TCI é um fenômeno completamente plausível, pois devemos lembrar que a comunicação com os desencarnados é estabelecida através do pensamento, e que este se realiza através de ondas mentais, e que estas ondas, como qualquer outra onda, podem ser captadas através de um instrumento que lhes capte a freqüência, assim como acontece quando sintonizamos um rádio.
Finalmente não podemos esquecer que, assim como no passado a mediunidade não era compreendida e muitos classificaram os fenômenos mediúnicos de fraude, bruxaria e coisa do demônio, a transcomunicação ainda é uma ciência em evolução, e o que hoje ainda deixa dúvidas amanhã poderá ser clara realidade.
O intercâmbio entre o plano físico e o plano espiritual cada vez mais se fortalece e comprova que somos espíritos imortais, que nosso estágio na matéria é transitório e que a verdadeira vida é muito mais do que conseguimos enxergar. Nesta jornada de descoberta da nossa essência espiritual a ciência, ao contrario do que muitos acreditam, é uma ferramenta que muito tem a contribuir e impulsionar o homem para mais perto de Deus.
Revista de Espiritismo”, a n.º 3, no seu Ano I, Maio/Junho 1927
O que é Transcomunicação?
O vocábulo transcomunicação é composto por dois termos: trans, do latim, significando "para além de", "através de"; e communicatione, significando "ato de emitir, transmitir e receber informações".
Para os fins desta obra a palavra transcomunicação terá o significado particular de comunicação com seres ou consciências originárias ou situadas fora do nosso espaço-tempo, ou melhor, da nossa realidade física normal. Devido à dificuldade de estabelecer-se uma definição absolutamente precisa, vamos tentar esclarecer a nossa explicação inicial, dando exemplos que facilitem ao internauta compreender melhor o significado que estamos atribuindo à palavra transcomunicação.
A fim de agilizar a nossa escrita, adotaremos a sigla TC, em substituição ao vocábulo transcomunicação.
Um exemplo bem comum de TC é a comunicação de um desencarnado, através de um médium. Portanto, o mediunismo é uma forma de TC. Mas a TC não significa exclusivamente o fenômeno mediúnico. A TC, ao contrário do mediunismo, nem sempre implica a intermediação humana no ato da comunicação, porque a TC pode ser realizada diretamente por meio de objetos ou instrumentos inanimados.
Alguém poderá objetar que, em certas manifestações de desencarnados, como no caso das mesas girantes, da ouija etc., há sempre necessidade de um médium. Neste particular, deve notar-se que a palavra médium sofreu aí uma ampliação semântica. Ela tem sido usada indiferentemente em lugar de intermediário (que é o seu real significado) e também de agente psicocinético. Esta última designação seria a mais adequada, caso se adotasse a tese reducionista da Parapsicologia ortodoxa, segundo a qual os movimentos da mesa ou da ouija se devem exclusivamente ao agente tido indevidamente como intermediário de supostos comunicadores incorpóreos.
Para aqueles que aceitam a ação dos referidos comunicadores incorpóreos, o chamado médium é na realidade um epicentro fornecedor da substância ou energia necessária para os agentes atuarem sobre os objetos materiais. Nesse caso, a TC é direta entre os comunicadores e aqueles que recebem a informação.
Nos casos em que a informação é assim transmitida diretamente dos agentes extrafísicos para os que recebem a mensagem, não ocorre uma intermediação por parte do indivíduo que apenas funciona como doador da substância (ou energia) indispensável à TC. Seu papel é de mero propiciador dos meios físicos necessários à entidade comunicante, para que ela consiga manifestar-se em nosso espaço flsico e ser assim percebida. Não se trata, pois, de uma operação mediúnica, se quisermos precisar rigorosamente o valor semântico do vocábulo médium.
Todavia, não intencionamos condenar o uso indiscriminado do termo médium, para significar a pessoa que, de uma forma ou de outra, propicia a TC. Apenas objetivamos deixar claro que, não obstante o hábito instituído desta denominação genérica, os fatos pedem uma distinção precisa dos valores semânticos pertencentes às palavras em questão. Afim de tornar mais exata a nomenclatura a ser usada, vamos adotar o expediente de justapor um sufixo à sigla TC, que possibilite distinguir-se a modalidade de transcomunicação a que estaremos nos referindo. Desse modo, quando se tratar de uma transcomunicação rigorosamente transmitida através de um médium, usaremos a sigla TCM, significando transcomunicação mediúnica.
Outra categoria de intercâmbio de informação seria a comunicação com os supostos seres extraterrestres. Embora a Ciência não reconheça a existência de evidências suficientes para apoiar definitivamente a crença na efetividade dos ETs (extraterrestres), isto é, de seres inteligentes oriundos de outros orbes pertencentes a sistemas planetários situados além do nosso Sol, inclusive em outras galáxias e capazes de comunicar-se conosco, ela não exclui totalmente tal possibilidade. Há projetos oficiais de "escuta" cósmica em países desenvolvidos, visando captar eventuais sinais enviados de presumíveis civilizações extraterrestres, que teriam alcançado suficiente nível técnico capaz de permitir seu intercâmbio com outras comunidades semelhantes. (Morrison, Billingham e Wolfe, 1977)
Caso Ocorram comunicações com seres inteligentes oriundos do nosso próprio Universo, por conseguinte pertencentes ao nosso sistema espaço-tempo, tais intercâmbios não seriam propriamente transcomunicações. Seriam simplesmente comunicações convencionais, como as que se efetuam, por exemplo, entre as sondas espaciais e os centros de controle desses engenhos. A única diferença estaria na fonte emissora dos sinais. Em lugar das sondas espaciais, existiriam aparelhos ou estações emissoras, construídos pelos eventuais ETs, caso eles existissem e estivessem também tentando comunicar-se com outros seres inteligentes do nosso Universo.
Não é nosso intuito tratar dessa categoria de comunicação. Sem embargo disso, nos diferentes episódios da transcomunição têm ocorrido contactos com entidades inteligentes que se dizem oriundas de outros mundos. Seriam também seres extraterrestres. Pelas suas informações, esses comunicadores possuem um corpo diferente do nosso, presumivelmente feito de uma estrutura energética, ou tipo de matéria especial e inteiramente desconhecida da nossa atual Ciência.
Acredita-se que tais seres não pertençam propriamente ao nosso Universo, isto é, ao nosso sistema espaço-tempo. Neste caso, o intercâmbio com semelhantes comunicadores assumiria as características de uma TC. Mais tarde iremos tratar dessa categoria de comunicação.
Quando a TC se efetua diretamente pelos seres situados fora do nosso espaço-tempo, como convencionamos anteriormente, essa comunicação pode ser efetuada por meios físicos capazes de afetar os nossos sentidos. Nesse caso não se dá a interação de um médium humano que funcione como intermediário. A informação é transmitida diretamente por meio de objetos materiais simples que são movimentados, ou através de instrumentos adequados, inclusive aparelho eletrônicos que servem para registrar tais ações físicas. Esta TC é denominada Transcomunicação Instrumental. Usa-se representá-la pela sigla TCI.
Um aspecto interessante da TCI é o fato de, ultimamente, haverem sido justamente os comunicadores provenientes de outros mundos não ligados ao nosso sistema espaço-tempo os que mais têm colaborado nesse tipo de comunicação. Isto poderá parecer absurdamente fantástico. Mas iremos demonstrar a realidade desse particular quando, nos capítulos posteriores, apresentarmos os comprovantes dessa informação. A propósito desses comunicadores extraterrestres, esclarecemos que, embora eles se digam originários de outros sistemas espaço-tempo, há evidências de que tais seres conseguem deslocar-se até nossa adjacência. Nesse caso, eles aparentemente passam a domiciliar-se em uma das camadas hiperespaciais que envolvem o nosso planeta. Essas camadas constituem os diversos espaços paralelos aos quais nos referimos anteriormente.
Como veremos mais adiante, tais seres extraterrestres aliam-se a alguns desencarnados terrestres e, auxiliados por estes, entram mais facilmente em relação com os encarnados. Os primeiros contactos podem efetuar-se de diversas maneiras: por meio de gravadores de fitas magnéticas, por telefone (secretária electrônica), por computador e, também, por via mediúnica humana. Neste último caso, o processo mais usado é o modernamente denominado channeling. Essa modalidade é equivalente à captação mediúnica telepática. (Andrade, 1984, pp. 118 a 121; e Klimo, 1990).
2 - A Iniciativa da Transcomunicação Partiu dos Habitantes do Além
As formas de transcomunicação são portanto variadas. Elas sofreram uma espécie de evolução ao longo da história da humanidade. Ao que parece, a TC iniciou-se quando os homens ainda estavam na idade da pedra e começaram a habitar as cavernas. Naturalmente, naquela fase ainda tão primitiva, as TCs deveriam ter sido também extremamente rudimentares. Talvez se limitassem a tentativas de intercâmbio dos mortos com os vivos, compreendendo apenas sinais físicos de sua presença. Seriam maneiras diversas de chamar a atenção dos companheiros ainda vivos, que não podiam nem vê-los nem ouvi-las normalmente. A iniciativa provavelmente deveria ter partido dos Espíritos dos desencarnados.
É posslvel, também, que entre os companheiros vivos houvesse alguns dotados de faculdades paranormais que lhes propiciassem ter, uma ou outra vez, momentos de percepção extra-sensorial. Nessas oportunidades os dotados conseguiriam ver e ouvir os Espíritos dos companheiros desencarnados. Essas experiências, embora raras e pessoais foram, com o tempo, se generalizando e sendo incorporadas ao acervo de conhecimentos da humanidade. Muitas dessas experiências deram origem às religiões. É possível encontrar-se religiões sem deuses, mas sem Espíritos, provavelmente não exista nenhuma.
À medida que os contactos foram se realizando ao longo dos milênios, as modalidades de TC foram se ampliando e adquirindo inúmeros aspectos, incluindo as manifestações mediúnicas e as ectoplasmias.
Sem embargo das iniciativas de TC haverem partido dos habitantes do Além (chamemos assim os "mundos" onde eles se encontram), posteriormente os encarnados procuraram meios que facilitassem as TCs. Muitas dessas tentativas de provocar a TC foram também orientadas pelos próprios desencarnados. Ainda atualmente, essa ajuda tem sido proporcionada aos grupos onde se efetuam as TCIs mais avançadas. De qualquer maneira, a iniciativa desses contactos, bem como o aperfeiçoamento de seus métodos e da aparelhagem necessária para efetuá-la normalmente têm dependido dos seres do Além.
3 - E o Médium, Seria Ele Dispensável na Transcomunicação Instrumental?
Nota-se que os espíritas mostram grande sensibilidade para essa questão. Talvez devido ao trato constante com as sessões mediúnicas que se levam a efeito há tantos anos, as quais se tornaram o principal atrativo das reuniões espíritas, muitos adeptos da Doutrina Espírita viram com desconfiança as afirmativas de que a TCI dispensa o médium durante as comunicações.
De fato, as transcomunicações efetuadas através de aparelhos, obviamente, não necessitam de um intermediário humano para recebê-las e transmiti-las. Especialmente no caso das TCIs mais avançadas tecnicamente, a operação de emissão e recepção é efetuada no mesmo padrão de uma transmissão por rádio. Há uma "estação" que envia ondas semelhantes às das radioemissoras terrenas. A recepção dessas ondas e a decodificação é efetuada pelos nossos aparelhos electrônicos convencionais: gravador, rádio, televisão, secretária electrônica (telefone), Fax e computador. Esses aparelhos estão no lugar de um médium. São eles que funcionam como médiuns. Logo não há necessidade do medianeiro humano, aquele que recebe a comunicação do Espírito e transmite a sua mensagem.
Fenômeno semelhante ocorre, também, com as TCs por meio da prancheta (oui-jà), das mesas girantes, do copinho etc. O Espírito aproveita-se do ectoplasma de um ou mais assistentes e movimenta os instrumentos postos à disposição para comunicar-se, transmitindo diretamente a mensagem que ele desejar. Aqui também não existe o intermediário (médium) humano. A TC é direta. Portanto é uma TCI, isto é, uma transcomunicação por meio de um instrumento. Mesmo no tempo dos paleolíticos, havia esse tipo de TC. Entretanto, como não havia, ainda, aparelhos ou utensílios mais sofisticados como os que mencionamos, os Espíritos usavam o que existia à sua disposição: pedras, pedaços de madeira etc. Parece que os seixos rolados eram abundantes nas proximidades das cavernas paleolíticas. Apanhá-los e atirá-los nos companheiros encarnados, talvez tenha sido a mais primitiva forma de TCI usada pelos nossos remotos ancestrais habitantes das cavernas.
Mas, voltando ao problema da mediunidade, já nos referimos ao significado ambíguo do vocábulo médium. Esta palavra serve para designar tanto o intermediário humano nas TCMs das mensagens transmitidas pelos habitantes do Além, como o agente humano capaz de propiciar um fenômeno físico paranormal. Supõe-se que os indivíduos dotados dessa faculdade são indispensáveis na produção das TCs por instrumentos e, por analogia, são considerados os médiuns das TCIs. Na realidade, essas pessoas não funcionam como médiuns, mas parece que são necessárias na produção das TCIs. Há evidências de que elas cooperam como facilitadoras das TCIs. Vamos examinar a questão do mediunismo visto sob esse prisma.
Em primeiro lugar, chama-nos a atenção o fato de que, no caso da captação de vozes por meio do gravador de fita magnética, apenas poucas pessoas são bem-sucedidas logo de início. Há aquelas que necessitam insistir durante muitos meses e até anos, para lograrem, às vezes, apenas sussurros ou pouquissimas palavras soltas e sem sentido. Outros transcomunicadores melhoram suas captações, à medida que se exercitam, como se estivesse ocorrendo o desenvolvimento de uma faculdade qualquer (mediunismo?).
Friedrich Juergenson (1903-1987) e Konstantin Raudive (1909-1974) foram os grandes pioneiros da TCI por meio de gravadores em fita magnética. Juergenson nunca havia sequer pensando em transcomunicação. Era católico, amigo do Papa Paulo VI. Entretanto, ao tentar gravar cantos de pássaros, em seu sítio no vilarejo de Molnbo, as vozes apareceram espontaneamente gravadas na fita magnética de seu aparelho. Seria um caso de aptidão inata de Juergenson? Uma faculdade mediúnica, como se usa comumente denominar tais dons? Outro caso foi o do dr. Konstantin Raudive. Assim que ele teve informações a respeito das gravações obtidas por Juergenson, Raudive procurou-o e em pouco tempo tornou-se o campeão das gravações de vozes em fitas magnéticas. Entre as obras escritas por Raudive, há o Unhorbares Wird Horbar (O Inaudível Torna-se Audível). Este livro tornou-se um clássico da TCI e contém 72 mil frases que ele captou pelo sistema de gravação em fita magnética (EVP). Por quê tão poucos indivíduos conseguem sucesso semelhante, apesar de se esforçarem, alguns, durante anos de tentativas, usando até de meios técnicos sofisticados? Seria alguma faculdade especial, uma espécie de mediunidade que falta a certos pesquisadores?
O italiano e notável transcomunicador Marcello Bacci, da cidade de Grosseto, obtém vozes diretas captadas pelo rádio, perfeitamente audíveis, embora algumas vezes pouco inteligíveis. Em uma das sessões de TCI realizadas por Bacci este fez a seguinte pergunta:
"P. "Que energia é usada para formar as vozes?"
R. Mistério ... cérebro e a descoberta de uma outra freqüência característica da espécie humana ... por um controle bioelétrico de partículas ... ação."(Bacci, 1987, p.167)
Segue-se uma extensa explicação pouco compreensível, embora as palavras (ditas em italiano) sejam inteligíveis. Mas, no conjunto, dá para perceber que o Espírito se refere a uma forma de energia proveniente do cérebro humano, a qual é aproveitada para a transcomunicação por meio de aparelhos. Isto faz supor a participação dos operadores, e até de assistentes, na produção da TCI. Talvez funcionem como médiuns doadores de energia. E Hans Otto Konig é outro grande transcomunicador e notável técnico eletrônico alemão. Certa vez, Konig perguntou a um Espírito comunicador se a mediunidade era necessária para os contactos com o Além. Eis a resposta:
"Ouça bem, Marlene Dohrmann é médium para Hans Konig." (Marlene Dohrmann é uma das colaboradoras de Konig). (Schafer, 1992, p.95)
Acreditamos que esses poucos exemplos já sejam suficientes para ter-se alguma evidência de que as TCIs, embora se efetuem diretamente entre o comunicador e o receptor da mensagem, talvez exijam a contribuição de alguma espécie de energia emanada de um ser humano. Devido à ampliação semântica do vocábulo médium, não seria errado afirmar que a TCI também depende de um ou vários médiuns, sem que, com isso, ela se confunda com a TCM.
4 - Conclusão
A TC entre os mortos e os vivos, entre nós e os seres não pertencentes à nossa categoria física, habitantes de outras regiões fora do nosso sistema espaço-tempo às quais demos a denominação generalizada de o Além, está atualmente invadindo as áreas técnicas, especialmente a Electrônica. A TCI avança rapidamente e breve estará presente em cada lugar onde exista um aparelho capaz de receber informações e retransmiti-las.
Os incrédulos, os materialistas, os recalcitrantes, ou os próprios espíritas que, por quaisquer razões, se posicionam entre os que ainda negam ou combatem a TCM ou a TCI terão de enfrentar a evidência dos fatos, pois a TC, bem como as suas formas, TCM ou TCI, são uma realidade e vieram com o progresso para ficar.
Dr. Hernani G. Andrade